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Como transformar minha marca para o digital?

Em tempos de pandemia, o redesign da marca é só a ponta do iceberg

A nossa parceira Ora, como empresa de design e comunicação, desenvolveu diversos projetos de marcas e branding para empresas de pequeno, médio e grande porte e, durante a pandemia, perceberam um movimento muito claro em seus clientes. Nesse artigo a Ora vai contar um pouco de seus insights e dicas para você pequeno e médio empreendedor que está querendo transformar sua marca para o digital.

 

Mês 01 de Pandemia: As empresas pararam, congelaram e acionaram o botão de emergência! Toda e qualquer mudança foi suspensa: nada de nova marca, site, lançamento ou estratégias novas. E isso é super normal. Foi preciso se reorganizar, estruturar home office, gerir fluxo de caixa, entender o momento (estamos tentando entender até agora!) e se preparar para o inesperado.

Mês 02: O movimento começou. Devagar, mas começou! As empresas vieram pedir propostas, conversar sobre ações futuras, ainda que de forma tímida. Sabiam que não podiam ficar paradas! Só que muitas pararam depois do primeiro passo; acabaram ficando só na conversa. Já outras, voltaram a caminhar, devagarinho, mas indo em frente.

Mês 03 e 04: Foi simplesmente um boom! Uma enxurrada de demandas, novas marcas, novas empresas, novos produtos, novas estratégias! Quem tem negócio, entendeu a necessidade de surfar a onda (que já estava acontecendo), mas que agora forçava todos a entrarem no mar: a tal transformação digital. E nessa hora, você pode ter roupa de neoprene, ter praticado subir na prancha na areia ou nunca ter se equilibrado em uma antes: vai dar frio na barriga e muita adrenalina! Ou você aprende a surfar ou morre na praia.

Preciso de uma nova marca

A partir disso, a demanda mais recorrente foi “ Quero MODERNIZAR minha MARCA” ou, simplesmente, “Preciso de uma NOVA MARCA”.

E em todas as reuniões - sempre por videoconferência, claro! - percebemos que a nova MARCA é a ponta do iceberg (figura de linguagem recorrente para falar daquilo que representa a menor parte do problema – 10% - , já que 90%, ou mais, estão submersos). Essa metáfora é comum nos negócios e também no mundo do branding e marketing das empresas. 

Percebemos que essa demanda significa o pontapé inicial para esta transformação digital tão importante neste NOVO NORMAL de MUNDO. Mas ao aprofundar nossa conversa sobre o momento do negócio, percebemos que mais importante que o redesign ou mesmo uma nova estratégia de branding (com tudo o que isto contempla), é a mudança de mindset da empresa para o contexto digital.  Fazer essa transição implica vários questionamentos imprescindíveis. Coloco algumas perguntas essenciais que sempre abordamos com nossos clientes:

  • Definição de mix de produtos e serviços: quais, dentre seus serviços, são de fato relevantes? Vale a pena oferecer o seu produto por assinatura, ter e-commerce ou atender via whatsapp e direct instagram? Compensa realizar projetos customizados sob demanda? Sua precificação está condizente com o mercado? Elaborou planilhas de excel para gerar cenários diferentes de faturamento?  
  • Presença digital:  desculpem-me, mas o céu não é o limite! Toda  empresa tem um budget definido e claro, em uma crise, ele é ainda menor. Por isso, definir em que e como gastar é essencial. Não adianta investir em um site incrível se sua empresa não está nas redes sociais. Em quais plataformas deve-se estar presente? Sua apresentação comercial é eficiente? Fala por ela mesma ao circular pelo whatsapp de potenciais clientes?
  • Prospecção de novos x antigos clientes: revisitar a sua base de clientes já captados é muito mais eficiente do que gerar novos leads. Tem seus dados separados de forma organizada? Definir estratégias e planos de ação para acionar esses clientes é fundamental, porque existe a necessidade de conversão para gerar faturamento hoje!
  • Definição de metas & objetivos pessoais x empresariais: muitos pequenos empresários não fazem a pergunta “onde eu quero estar em um, dois ou três anos?”. Esta pergunta é importante pois a vida da PJ e da PF se confundem para o empreendedor. Qual o caminho da minha empresa e onde quero chegar? Sem esta definição, ele será levado pela correnteza em vez de conduzir o barco (ou sua prancha de surf) na direção que deseja.

Esses tópicos são alguns de muitos, e tudo isso está relacionado à gestão de negócios. São perguntas estratégicas que tem a ver com consultoria de negócios e não com a marca. Mas não adianta criar uma marca linda, super moderna e com representatividade, se as questões estruturais do negócio não estão definidas.

É muito comum que nossos clientes, durante uma reunião inicial para elaborarmos uma proposta ou darmos início a um projeto, se surpreendam com a profundidade do que buscamos abordar. Porque hoje mais do que nunca, uma nova marca representa a transformação da empresa. A marca é a ponta - e todos estes questionamentos são a base deste iceberg. 

A Importância de colocar no papel

Agora o mais importante: tirar da cabeça todos esses pontos. Abrir um word/ppt e montar seu planejamento estratégico. Trocar ideias com seus sócios, colaboradores, consultores; elaborar perguntas aos clientes para fazer um follow up e desenvolver novas ideias. Quando escrevemos, ou melhor, digitamos, organizamos de forma lógica nosso pensamento, que, em geral, é caótico e confuso neste momento de crise. 

Basta colocar títulos, estruturar tópicos e bullets para definir o melhor rumo do seu barco (ou prancha de surf!), sabendo que pode vir outra onda gigante como a do Covid-19, quando então precisaremos rever os planos. Mas isso já é papo pra outro artigo...

E sobre O REDESIGN DA MARCA? Sim, ele também é necessário. É o início do discurso para o mundo que sua marca está mudando!